18 de outubro de 2013

Falando de Amor'


Não sei falar de amor, mas parece que amor liberta não é isso? Vejo os amantes sentirem-se tão leves, tão inocentes, tão soltos. Parece liberdade! Eles correm, chutam latas, enfrentam filas rindo, cada um de um lado diferente da cidade; escutam incontáveis músicas em 30 minutos, ou escutam a mesma música 30 vezes. Parece que o amor é solidário, tem sempre aquele cuidado, cuidado de proteção, de confiança, de atenção! Teve tanto cuidado quem inventou o amor, que cuidou de fazê-lo em várias formas para que caiba em todo mundo. Não sei não! Mas, amor não tem poder de escolha, não escolhe praça, nem raça, não bebe apenas em taça, vinhos, sucos, cachaças. Amor não tem gênero já reparam? Eu penso que amor é sublime, é total, é geral. Amor é integridade, sinto que amor não precisa de tampas, remendos, portas fechadas, grades, correntes e cadeados. Amor é porta aberta, e se deixa de ser assim tornam-se os amantes prisioneiros em si mesmo. Vejo tanta gente triste, amarga, perdida e enclausurada nos lugares, sem fé, sem riso no rosto e sem asas no coração, e entendam uma coisa: os que têm asas ao coração descobrem a cada instante o verdadeiro sentido da vida, porque parece que a gente só ama, se a gente amar a si mesmo, se estivermos plenos da paixão por aquela pessoa que a gente enxerga no espelho. Amor não precisa de regras, as regras só servem pra jogos, e nos jogos sempre tem um vencedor e um perdedor, já o amor foi feito para as pessoas ganharem, juntas ou separadas, mas amor completa, faz crescer. Vejo os casais que andam de mãos dadas pelo prazer de estarem juntos, pelo calor, pela humildade, pela divisão de forças; outros dão-se as mãos pelo medo de perder, pela desconfiança, por inverdades, e frágeis ilusões. Acho que amor é feito de açúcar, uns aproveitam apenas sua doçura, outros vivem sua fragilidade o deixam derreter.

Não sei falar de amor, mas parece que amor liberta não é isso?

Haia Saer.

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