19 de março de 2014



E-xis-tên-cia

Estou soletrando a vida
E estou aprendendo sem pressa.
Eu sei que de vida entendo pouco
E o que me resta de pouco é viver.

E a vida que eu sigo segue outras vidas.
E palavras duras e descompostas
reprimem o poeta que insiste em soletrar
bem devagar a palavra viver! Vi-Ver’;

Poemas perdem o sentido,
a noite ganha o dia em larga escala.
Eis a escola da vida que não nos ensina
a soletrar a palavra existência. Que vem de saber
viver sem se envolver com o que é pleno.

Esdrúxulas poesias são compostas,
a fim de experimentarem a vida,
mas ninguém sabe lidar,
nem ao menos suportar os tons inebriados
de sentimentos.

Vi-da, e-xis-tên-cia do o verbo errante existir
que vive encharcando e dissolvendo nossas
almas em abismos tão profundos e outrora
tão rasos.

Haia Saer’.

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