E-xis-tên-cia
Estou soletrando a vida
E estou aprendendo sem pressa.
Eu sei que de vida entendo pouco
E o que me resta de pouco é
viver.
E a vida que eu sigo segue outras
vidas.
E palavras duras e descompostas
reprimem o poeta que insiste em
soletrar
bem devagar a palavra viver!
Vi-Ver’;
Poemas perdem o sentido,
a noite ganha o dia em larga
escala.
Eis a escola da vida que não nos
ensina
a soletrar a palavra existência.
Que vem de saber
viver sem se envolver com o que é
pleno.
Esdrúxulas poesias são compostas,
a fim de experimentarem a vida,
mas ninguém sabe lidar,
nem ao menos suportar os tons
inebriados
de sentimentos.
Vi-da, e-xis-tên-cia do o verbo
errante existir
que vive encharcando e
dissolvendo nossas
almas em abismos tão profundos e
outrora
tão rasos.
Haia Saer’.
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