9 de dezembro de 2013

Princípios nossos de cada dia"



A paixão é mesmo muito estranha, é devastadora, engana, rouba e banaliza. Não estou aqui para massacrar este sentimento tão comum e tão bom, somos eternos apaixonados, ou por alguém, pelas coisas ou pela vida, quem sabe? Tampouco se trata de papo de solteira ou mesmo de quem acabou de terminar um relacionamento. Não mesmo, não me encaixo em nenhuma destas duas últimas situações, a questão é que resolvi sentar e escutar um pouco daquilo que corremos grande risco de perder quando estamos apaixonados: os nossos princípios.

Estou cansada de saber que os tempos hoje são outros, isso é óbvio minha gente! Afinal é meu tempo também, vale ressaltar que nasci em 1992 e não existem muitas diferenças para os que nasceram dois ou três anos depois de mim. No entanto comparando a época de nossos avós e pais tudo mudou; mas isso não nos dá o direito de sairmos fazendo aquilo que temos vontade só porque não seremos julgados e condenados na cruz. Observo que muita gente procura aceitação; onde quer que ande busca uma vez por outra fazer-se cordial mesmo não sendo, depois cobre-se com a capa do cinismo e esquece-se dos princípios, e o pior não é isso, o pior é não respeitar os princípios dos outros. 

Pois bem, não me importa muito a autofalsidade dos outros, a questão é: a perca dos valores quando nos julgamos apaixonados, quando nos aceitamos entregues a outro, quando nos deparamos com aquelas lindas sensações que nos tiram os pés do chão, que nos fazem andar nas nuvens e que nos fazem acreditar que as nuvens são algodão doce. Não são! E acreditem: mesmo apaixonados isso é fácil de ser reconhecido. Quando passamos a fazer parte do universo de outra pessoa, é necessário que nos adaptemos a sua cultura, e mesmo estando esta pessoa também enfeitiçada, é necessário conhecer e respeitar os padrões de vida da mesma, vivenciando ambos uma relação de bom senso; uma casa, um ambiente, uma família, possui suas regras, seus valores, não podemos ter a liberdade para tudo se nem ao menos conquistamos ainda a liberdade de abrir a geladeira, ou entrar sem bater. Se você não tem princípios, se isso não lhe foi ensinado em casa, respeite a casa dos outros.

Paixão é muito bom meu povo, mas não precisamos nos vendar e andar feitos tolos por aí, e o amanhã? E os outros? Como ficam? Você é livre pra beijar, paparicar, morder, fazer biquinho, falar com voz de neném, mas por favor convenhamos, vamos respeitar os que não precisam fazer parte deste espetáculo, ou vamos fazer o espetáculo no seu devido lugar: no circo, aí é só achar o lugar certo e baixar a lona! E quanto à paixão avassaladora capaz de ultrapassar os limites da ética e do bom senso, um aviso: “Rapadura é doce, mas não é mole não”, e outra coisa mesmo sendo ela tão dura uma hora pode virar pó. 

Respeitem os cabelos brancos ao menos.

Ah, senta aí e escuta!
Por: Haia Saer

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